quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Repercussão

Repercussão
A repercussão da estréia foi estampada em vários jornais locais do dia seguinte como sendo um estrondoso sucesso e no decorrer da semana o fato foi mencionado na imprensa nacional. A revista “Fon-Fon” (periódico carioca de grande prestígio na época) dedicou quatro páginas para a obra de Augusto Stresser[1].

Trechos de artigos de jornais locais (grafia de época):

“...nunca se pensou que o sr. Augusto Stresser pudesse ter tanto êxito nesta sua incursão pelo caminho da música trazendo com ele, Léo Kessler. É natural e digno que se registre a bem da verdade, que já se conhece a sua capacidade artística. Vale a notar a sua ardente e feliz inspiração, que combina a se acasala com o clima que a Capital lhe deu como cenário magnífico da ópera...”[2]

“...o theatro achava-se, como nos dias da primeira e segunda apresentações, literalmente cheio, vendo-se na platéia e nos camarotes o que de mais distincto tem a nossa sociedade. ...sob essa atmosfera sympatica subiu o panno e ouviu-se a suggestiva canção do lavrador, cantada com muita expressão e sentimento pelo sr. Constante Fruet. ... a senhorita Marietta Bezerra é realmente o centro grandioso daquella constellação artística. Ingenua e infantil no 2° acto, torna-se altamente dramática as scenas intensas que se desenrolam depois...”[3]


Esta montagem foi apresentada mais sete vezes no Theatro Guayra, todas com casa cheia, e mais duas vezes em Ponta Grossa.

Nas primeiras décadas do século XX algumas músicas e canções da ópera se popularizaram entre a sociedade paranaense, tanto que “Serenata” e “Romanza” eram, constantemente, ouvidas em recitais de piano. A "Serenata" foi gravada pelo soprano Marília Vargas e lançada no CD "Todo amor desta terra" em 2008. A partitura original de Sidéria foi doada, pela família, para o Centro Cultural Teatro Guaíra.

Annibal Requião, pioneiro do cinema paranaense e amigo de Augusto, registrou em imagens a primeira montagem da ópera paranaense e estas imagens, décadas depois, foram utilizados num documentário sobre a vida de Augusto Stresser que morreu, aos 47 anos, decorrente da gripe espanhola, seis anos depois de aclamado por sua grande obra.

(Fonte: Wikipédia)

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