sexta-feira, 25 de março de 2011

Augusto Stresser e a Poesia

Aí vai uma poesia do meu avô Chama-se PRIMAVERA e foi escrita por volta de 1908.

PRIMAVERA

" Enflora-se o arvoredo. É a primavera.
Rosas rebentam álacres; de flôres
Bordam-se os vergéis e os arcos de era;
E as andorinhas fazem seus amores.

Bandos de Borboletas multicores
Passam no ar: e o longo inverno passa...
Cantam as aves pelos arredores
E a natureza de festões se enlaça.

Desfez-se o véu da quadra fria e triste
E dos montes redoira alegre os flancos
A luz do Sol. Da neve nada existe.

Assim como êsse inverno, bem quisera
Também se fôssem meus cabelos brancos
E voltasse-me a antiga Primavera.


"O poema foi dedicado a Silveira Netto"



Esta feliz contribuição ao blog foi gentilmente cedida pela sra. Bia Stresser , neta de Augusto Stresser.

2 comentários:

  1. Uma poesia doce, bonita. E mesmo que a gente esteja apenas lendo, ela "soa" como música, não acham?

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  2. Muy bueno, diria que se trata de um poema "torrencial", leve e belo.

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